Afaguei
o jardim com minhas lágrimas
Encarei
o deserto com toda força que tenho
Vi
do solo seco nascer uma flor
De
lá brotou esperança,
Renasceu
amor.
Suas
mãos seguraram meu pecado
Seus
olhos viram minha dor
Como
foi doloroso o caminho
Difícil
foi o caminhar
Com
passos curtos pela escada
Relembrava
os meus velhos e cansados dias
O
tempo...
A
hora...
E
a distância,
Tornaram-se
um.
Juntos
naquela liturgia mágica
Que
não se repetirá
A
hora foi passando
Nosso
tempo terminando
O
sinal de alerta indicava que à distância chegaria
Fôlego,
suor e adrenalina.
Olhos
visando o término
Fim
do princípio que sempre existiu em mim
Nada
de vida
Desejo
de partir
Refazer
o que se foi
E
reencontrar o que perdido em mim restou
Doce
epifania de solidão
Deixar
a vida correr
Não
voltar atrás
É
hora de deitar
Até
mais...
Paulo Henrique
27/09/04