Há em seus olhos o peso da idade.
Mas quando eu nasci não era assim.
Hoje eu a contemplo com os olhos da poesia,
Tudo em ti transmite VIDA...
Olho para o seu corpo envelhecido,
Para as suas mãos cansadas,
Os seus olhos que não enxergam
E seus pés que não caminham mais.
Mas, vó, meu coração bate ao lado do seu,
Os meus olhos choram ao lado do seu.
O meu silêncio acompanha a sua voz,
Sou “todo tristeza” ao seu lado.
Conta-me histórias tuas...
Ampara-me em teus braços maternos,
Dá-me um pouco do teu amor para eu viver.
Esconde-me em meio ao teu colo.
Sou filho da tua filha...
Do nascer daquele dia, sou teu amor também
Por isso choro ao lado do seu corpo cansado
Como na história, ressuscita-me, “Maria”.
Hoje o meu grito, ó Maria que me embalou,
é que “a tua vida”, devolva-me a vida, os sonhos.
Eu que sou parte da tua vida
Conduza-me à tua grandeza, eu que sou filho!
Agora que “é noite” na sua jornada,
Agora que nada posso fazer
para devolver a sua juventude,
Deixa, apenas, que eu aplauda a tua grandeza.
Deixa, apenas, que eu cante a tua beleza.
Que eu cante a tua vitória.
Que eu reze a tua fé.
Que eu siga a tua Esperança!
Sou teu filho, “Maria”:
Porque o teu amor continuará em mim,
Do “seu amor” que desde pequeno fui aprendiz
E continuarei a ser...
Tu carregas em ti, Maria, o amor de Deus.
Um amor de mãe, eterno!
Um amor eterno por mim, por nós...
Tu que és: “Maria Cândida de Sá”.
Em homenagem aos 6 anos de falecimento de minha avó, poema feito em comemoração de seu aniversário em 03 de maio de 2004.
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PHdeLima
paranéns pelo bom texto, muito lindo!
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