A realidade do mundo contemporâneo, é, basicamente, anti-humanista, de modo que é perceptível com os acontecimentos atuais ter essa afirmação. Investe-se, hoje, mais na evolução das máquinas do que em condição humana de vida. Em um de seus ensaios filosóficos, logo após a Segunda-Guerra Mundial, Paul Jean Sartre, demonstra esse pensamento quando explana: “o outro é meu inferno”, coerente ou não, é possível relevar essa afirmativa.
Diante de tal ceticismo filosófico, vemos governantes investirem no desenvolvimento da “globalização eletrônica”, com a democratização do acesso a essa rede, por meio da capacitação dos jovens na área de informática, é, portanto, imprescindível o conhecimento nessa área para o ingresso no mercado de trabalho. No Brasil, milhões são aplicados em: informática, planetário, maquinário agrícola, construção de centros de estudos, etc... Em relação aos dias atuais, investe-se mais na progressão do “não-raciocínio”, que na possibilitação do conhecer. É, ainda, interessante observar que o nível de desenvolvimento científico alcançado pelo ser humano é privilégio restrito de uma minoria dominante, que apesar de sua habilidade tecnológica, é incapaz de enxergar e investir na evolução do conhecimento da camada mais frágil, que se submete à “dominação do conhecer”.
Pode-se, então, perceber que poucos lutam pelo progresso do saber e, pelo avanço da humanidade. Humanistas como Chico Mendes, Martin Luther King grande humanista racial, e Mahatma Gandhi, cuja frase: “A mudança que você quer para o mundo, começa em você”, é cabível para o contexto, e tantos outros são grandes expoentes para gerações que nos cercam. Correntes que visam o desenvolvimento na sua completude crescem mundialmente. Uma idéia bastante pertinente para essa explanação é Jean-Vanier, cidadão canadense, que poucos conhecem, organizador e fundador de “A arca”, presente em mais de 32 países com quase 108 casas, cuidam de aproximadamente 2000 crianças excepcionais, com má formação genética. A prática do humanismo, embora não tenha um crescimento relativamente significante, converte uma civilização carente ao otimismo, gerando filantropias. Assim, a informatização globalizada gera um avanço irracional no não-combate das injustiças reinantes no mundo, vive-se avanços, porém nem todos têm boa relação com seu semelhante.
A história atual, na qual podemos criar, inventar fatos, entender, nos faz dar importância ao que nos é relevante, informativo. O homem acaba perdendo sua dignidade, perdendo-se nessa “nova era”, numa sociedade como matrix: Acorda, Neo! Segue o coelho branco. Vive assim por não conseguir resolver alguma situação no seu próprio eu, vive perdido com a modernização.
Portanto, é preciso civilizar a humanização, assim, no amanhã, o mundo alcançará o amor à humanidade.
Paulo Henrique de Lima
Texto antigo aproximadamente do ano de 2004
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realmente falta amor na humanidade. bom texto, ótimo trabalho com o blog.
ResponderExcluirMuito bom este texto, voce é muito inteligente tem a cabeça e a mente aberta pra diverços tipos de assunto, Parabéns pelo seus pensamentos sempre me faz enchergar coisas que de costume nao conseguimos ver.
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